
Continuando a série quadrinistas brasileiros, utilizando novamente o critério de lembrança do primeiro que vem a cabeça, apresento desta vez Laerte Coutinho.
Na minha opinião esse traço escrachado é muito bom, totalmente adaptado ao tipo de humor do Laerte. Ele pega as situações cotidianas da vida e transforma em uma crítica absurdamente bem humorada. Segue abaixo uma compilação de informações a respeito do artista.
Laerte Coutinho nascido em 10 de junho de 1951, entrou na Universidade de São Paulo (USP), para cursar a Escola de Comunicações Culturais, mais tarde Comunicações e Artes. Fez música, jornalismo mas não terminou nenhum dos cursos. Em 1972 Comecei a publicar no jornal de Centro Acadêmico.
Fundou, com o Luiz Gê, a revista BALÃO (de quadrinhos), na USP.
Em l979 Fundou, com o Sérgio Gomes, a editora Oboré, pra fazer material de comunicação para sindicatos. Participou do “bunker”, grupo de trabalho junto com Henfil, Angeli, Glauco, Petchó, Fausto, Nilson, e produzimos peças de campanha para o MDB e para o movimento sindical.
Em 1982 Colaborei com o Pasquim, junto com o Angeli e o Glauco (Rumores Paulistas). Em 1986 fez a cobertura da Copa para o Estado de SP. Começou a ser publicada a tira CONDOMINIO, com distribuição da Funarte, gestão do Ziraldo e participei da revista Chiclete com Banana (Angeli) e da Geraldão (Glauco).
Em 1987 Fez o lançamento da revista CIRCO, editada pelo Luiz Gê e por mim, pela editora Circo. Mais tarde em 1990 o lançamento da revista Piratas, pela editora Circo. No ano seguinte começou a publicar a tira dos PIRATAS, na Folha de S.Paulo.
Nesta déada passou um bom tempo trabalhando para televisão. Em 1992 fez textos para TV Pirata, em 94 para TV Colosso e roteiro para o filme SuperColosso (direção do Ferré). Em 96 fez textos para o programa Sai de Baixo. Em 97 fez textos para o programa Vida ao Vivo. Terminei também uma peça para teatro PIRATAS.
A década de 2000, já foi mais literária com o lançamento do livro “Deus Segundo Laerte”, pela Editora Olho D’Água. Em 2007 o lançamento do livro de memórias televisivas “Laertevisão: Coisas que não esqueci” pela Editora Conrad. Ainda neste ano o lançamento do “Piratas do Tietê – A Saga Completa”. Todas as histórias reunidas numa coleção em 3 volumes.
No ano de 2010 lançou o livro infantil “Carol”, pela Editora Noovha América e Seteluas e – ainda – o graphic-folhetim ‘Muchacha’ pela Quadrinhos na Cia., selo de HQs da editora Companhia das Letras. Inspirado na cultura da década de 50.
Overman – um super-herói que talvez tenha a força do Super Homem mas com certeza não possui a capacidade de dedução de Batman. Por vezes mostra ter moral e hábitos retrógrados. Seu maior inimigo é o próprio ego. Seu visual lembra Space Ghost, que já apareceu como convidado em algumas tiras.
Overman
- Intrépido, inteligente, veloz, forte, audaz.
Ésquilo
- Companheiro inseparável e consciência (não muito limpa) de nosso herói.
Louva-Deusa
- Vilã protegida, uma insondável superpoderosa pessoa, ou não?
Deus – na representação de Laerte, com certeza não é onipotente. Tudo o que para nós é metafísico não passa de mera rotina para Ele. O que não quer dizer, no entanto, que tudo corra as mil maravilhas. Agora que o mundo e a humanidade já estão criados, Ele gasta a maior parte do tempo em afazeres menores, como discutir com o arcanjo Gabriel e jogar cartas com Buda.
Piratas do Tietê – esses piratas trocaram o mar pelo não menos perigoso rio que corta a cidade de São Paulo. Hoje em dia a cidade é o alvo de seus saques e matanças.
CapitãoJack
- (1o. imediato do Capitão)
Os outros piratasJoe
- (caçador de piratas)
Rozy
- filha do caçador de piratas
Hugo Baracchini – a visão cômica de Laerte do homem dos tempos modernos. Nele o autor criou uma eterna vítima dos problemas contemporâneos: ele já teve problemas em operar seu computador, teve de fugir de paparazzi, ficou complexado com o tamanho de seu pênis e chegou ao cúmulo de sentir saudades da ditadura.
Hugo BaracchiniBeth
- (a namorada psicóloga)
Carrinho
- (do Hugo, com mais caráter que o dono)
Suriá – personagem de Laerte voltada para o público infantil. Suriá é uma menina de 9 anos, que mora com a família em um circo (onde trabalha como trapezista). É uma das raras personagens negras de histórias em quadrinhos.
Gato e Gata: Uma relação natural entre dois apaixonados.
Gato
- (ele)
Gata
- (ela)
Messias
- (filho do gato, mas não se sabe bem com quem)
Herói
- (da safira do faraó)
Flying Cat
- (o gato em altos vôos)
Mister G
- (que fica “incógnito” por problemas de copyright)
Condomínio: Tudo pode e acontece em um Condomínio em algum lugar…
Zelador
- (resolvendo tudo sempre com um jeitinho todo especial.)
Filó
- (O melhor amigo do Zelador)
Síndico
- (Mário) e
d. Leonor
- (mulher dele) Alguém tinha que ser o síndico…
Grafiteiro
- Grafie é arte, mas e o grafiteiro?
Capitão Douglas
- , Soldado
Aspeçada
- e
Apolo
- (o cavalo do capitão). O Capitão saudoso de guerras, vive da pompa miltar e de lembranças da guerra do Paraguai.
Don Luigi
- ,
Nicollo
- (capanga),
Rosa
- (filha), e
Nona
- (mãe comunista). Uma familgia italiana, com um Capo Mafioso às voltas com seu capanga (de pouca performance intelectual), sua filha (hum, um tanto entusiasmada), e sua mãe comunista.
Fagundes
- (Ele mesmo devotado aos sacos do mundo)
Chefinho
- (O Fagundes precisava se fixar algum dia…)
Los 3 Amigos: (com Angeli, Glauco e ocasionalmente Adão Iturrusgarai): Os bandidos, bandoleiros, baderneiros e matadores de Miguelitos mais temidos de El Pisso até Marissales.
LaertonAngeli VillaGlauquitoEl gran Manú
- (A divindade local)
Flor de Jaca
- (A beldade local)
Mulinha
- (hum… bem, a mulinha local)
El León de Tchacara
- (o leão de chácara local)
…y un porrilhon de MIGUELITOS
Assista agora um trecho da entrevista do Laerte para o documentário Malditos Cartunistas de Daniel Garcia e Daniel Paiva. Entrevista filmada em 2007.
Trilha sonora: Fanfarra Paradiso
blog do Laerte: http://verbeat.org/blogs/manualdominotauro/