Existem detalhes interessantes a respeito da montagem de um toyart. E é no desenho que se define as facilidades de produtividade da peça que você vai fazer.
Não é difícil perceber que nos primeiros toyart que fabricamos, há a necessidade de voltarmos toda hora para o desenho, tanto na fase de modelagem, quanto na hora de se retirar da forma. No momento da forma, voltamos para o desenho quando é tarde demais é claro, pois já esta feita e os problemas para retirada da matriz já é evidente.
Aqui vamos fazer um estudo de caso com meu primeiro toy, que chamei de Kiddo-bot, por ter esse visual de robô e com as cores que Beatrix Kiddo usou em Kill Bill, obviamente uma homenagem do diretor Quentim Tarantino a Bruce Lee, pela roupa que ele usou em Jogo da Morte.
A idpeia original era inventar para fazer diferente. Por isso no meu primeiro modelo sketch já tentei ousar…
Até é possível a construção de um boneco com estas formas, contudo não poderia fazer isto como uma peça única. Teria que fazer formas separadas e imaginar um jeito de conecta-las e, ainda, prever isso na modelagem do mesmo. Como era o primeiro, queria fazer de uma maneira que ficasse em uma forma única. Então o desenho evoluiu para este formato…
Eu realmente não queria desistir do pescoço, o problema era que era possível fazer isso no molde, mas ficava inviável para a vazão e retirada como uma peça única. Como dá pra perceber, fiz uma anotação no esboço em perspectiva acima. Estava ciente dessa limitação, mas mesmo assim desenhei as vistas oposta e lateral do boneco.
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vista oposta |
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vista lateral |
Desta forma me convenci que não era possível manter o pescoço do jeito que estava. Outro detalhe importante quado se desenha e planeja a peça é observar o centro de gravidade do objeto. É imprescindível que ele consiga se manter na posição desejada, caso contrário compromete sua funcionalidade. Que neste caso é simplesmente… ficar de pé. 🙂
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vista da cabeça |